13 de janeiro de 2009

ANTÓNIO JORGE

Nós tornamos-nos adolescentes e na procura da independência e na vontade de conquistar o nosso espaço criamos uma distancia de quem sempre nos amou, e por vezes esquecemo-nos mesmo da familia. Mas um dia quem nós mais amamos, alguém que nos é muito querido,parte. É quando menos esperamos e sem qualquer aviso. No nosso peito apenas existe a dor de um punhal...
Os nossos pensamentos transmitem a cada gota de sangue do nosso corpo a culpa de nunca ter dito o quanto aquela pessoa foi importante; o quanto gostamos; o quanto precisamos dela. Os nossos sonhos caem por terra, a nossa independência parece que perdeu a importância.
E qual a resposta a essa dor? O tempo e aquela certeza:Quando gostamos transmitimos em pequenos gestos, quando precisamos de alguém, sentimos a sua presença, e aí as palavras perdem qualquer sentido…A culpa não é nossa, é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amarmos tanto e sentirmos tanto por perder alguém.
Mas o tempo é um remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos. E com um pouco mais de tempo, transformamos os nossos entes queridos em eternos companheiros.
Os nossos sonhos, esses ganham aliados; a nossa independência ganha acompanhantes e a nossa vida conquista anjos.
E no fim apenas fica a saudade e uma certeza:Não importa onde esteja, estará sempre connosco.
Havia quem lhe chamasse António Jorge, outros talvez o tratassem simplesmente por Jorge ou até mesmo por alguma alcunha, mas para nós era o Sr. Jorge... E independentemente da forma como o tratassem o significado será o mesmo. Quem teve o prazer de conhecer este ser humano fantástico, irá sempre recorda-lo com a boa disposição que contagiava todos em seu redor, era impossível não ficar rendido aquele sorriso, aquelas palavras, aquele AMIGO!
Nós perdemos uma pessoa maravilhosa, mas temos a certeza que o Céu ganhou a estrela mais cintilante. O brilho dos seus olhos estará sempre a observar-nos na estrela mais alta, na estrela mais brilhante. Pois era assim que ele nos deixava no topo da nossa coragem...
Cada lágrima que cai, são dos sorrisos que nos deu, nos sorrisos que fez desabrochar em cada um de nós...
Hoje aqui lhe prestamos uma sentida homenagem, uma homenagem pela energia, pelo prazer, pelas brincadeiras, pela seriedade, pelos conselhos, pelo trabalho que desempenhou connosco, pelo orgulho com que falava de nós em cada notícia que escrevia para os jornais, pela simplicidade e humildade com que acolhia todos aqueles que passaram pela grande família que é o GRIB, pela coragem que nos transmitia... Era impossível deixar de homenagear este grande amigo que nunca irá partir dos nossos corações...
Ainda ninguém conseguiu acreditar
No que nos aconteceu,
E nem mesmo hoje quando o virmos partir iremos conseguir assimilar,
Que desta vida desapareceu.
Hoje será difícil vê-lo partir,
Mas amanha e depois,
Difícil vai ser não vê-lo sorrir.
Não vê-lo entrar
Por aquele corredor,
Não vê-lo chegar
Com todo o seu amor...
“Partiu um ser humano maravilhoso que ninguém vai esquecer”.
De toda a família do GRIB , Até SEMPRE!